Publicada em 10/5/2015
Mãe se tornou borracheira para criar filho
Maria Helena Couto de 51 anos é de Divinópolis e exerce uma profissão que, segundo ela, é diferente.
Ela é borracheira há 17 anos e sente orgulho do trabalho que escolheu. O motivo desse orgulho é que Maria teve de exercer a profissão para criar o filho após a morte do marido. "Ser mãe foi um fator determinante para assumir a borracharia", destacou.
Quando precisou assumir completamente a posição do marido, que faleceu em um acidente de trânsito, Maria Helena não se intimidou e nem teve medo do preconceito que poderia sofrer.
Hoje ela trabalha sozinha na troca de pneus, calibragem, tudo o que qualquer borracheiro faz, mas, antes disso, contou com a ajuda de algumas pessoas, como o irmão e o cunhado. Foi neste período que ela aprendeu o que precisava para trabalhar na borracharia.
"Essas pessoas passaram por lá e aí fui aprendendo. Quando meu marido era vivo, eu não me preocupava em assumir a borracharia, era uma dona de casa convencional. Mas ele morreu e meu filho era muito pequeno, fiquei sem saber como fazer para manter a renda. Sabia que colocar uma pessoa no lugar do meu marido daria muito trabalho, então eu mesma tomei a decisão e assumi", disse.
Mesmo com a rotina pesada na profissão, Maria é dona de casa e exerce todas as tarefas domésticas. "Às vezes tenho que pedir aos clientes para esperarem um pouco, para eu subir na minha casa e colocar a roupa no varal. Vez ou outra, fecho mais cedo pra fazer alguma coisa urgente. Sempre que fecho no fim do expediente, faço o jantar e assim vai. O que facilita muito é que moro em cima da borracharia, isso me dá mais flexibilidade", relatou.
Maria afirma que enfrenta dificuldades e preconceito com frequência, mas que isso não a desanima. "Já estive de frente a situações de preconceito sim, mas eu passo por cima. Uma vez um homem chegou para trocar um pneu e, quando viu que era uma mulher, desistiu. Foi até engraçado porque um dia ele voltou, precisou com urgência e aí eu troquei o pneu para ele. Não deveria nem ter atendido, mas eu falei umas coisas e ele se arrependeu de ter sido preconceituoso", afirmou.
Até hoje, Maria diz que algumas pessoas se recusam a ir à borracharia porque está à frente dos serviços.
"As pessoas chegam e perguntam pra mim onde é que está o borracheiro e aí eu digo que sou eu. Todos se assustam, é muito engraçado. Mas, em contrapartida, tem muita gente que confia no meu trabalho e sente falta quando, às vezes, preciso fechar mais cedo. Como outro dia, uma pessoa precisou com urgência e eu estava de portas fechadas. Depois vieram reclamar comigo porque eu não estava disponível e que sentiram minha falta. Me senti importante", disse.
O filho de Maria Helena está com 23 anos e, mesmo depois de tê-lo criado, ela não pretende abandonar a profissão. "Me acostumei. Comecei por necessidade, porque era mãe e não sabia como criar o meu filho, mas hoje tomei gosto. Agora não penso em abandonar, só quando não der mais conta de trabalhar", finalizou.
Ela é borracheira há 17 anos e sente orgulho do trabalho que escolheu. O motivo desse orgulho é que Maria teve de exercer a profissão para criar o filho após a morte do marido. "Ser mãe foi um fator determinante para assumir a borracharia", destacou.
Quando precisou assumir completamente a posição do marido, que faleceu em um acidente de trânsito, Maria Helena não se intimidou e nem teve medo do preconceito que poderia sofrer.
Hoje ela trabalha sozinha na troca de pneus, calibragem, tudo o que qualquer borracheiro faz, mas, antes disso, contou com a ajuda de algumas pessoas, como o irmão e o cunhado. Foi neste período que ela aprendeu o que precisava para trabalhar na borracharia.
"Essas pessoas passaram por lá e aí fui aprendendo. Quando meu marido era vivo, eu não me preocupava em assumir a borracharia, era uma dona de casa convencional. Mas ele morreu e meu filho era muito pequeno, fiquei sem saber como fazer para manter a renda. Sabia que colocar uma pessoa no lugar do meu marido daria muito trabalho, então eu mesma tomei a decisão e assumi", disse.
Mesmo com a rotina pesada na profissão, Maria é dona de casa e exerce todas as tarefas domésticas. "Às vezes tenho que pedir aos clientes para esperarem um pouco, para eu subir na minha casa e colocar a roupa no varal. Vez ou outra, fecho mais cedo pra fazer alguma coisa urgente. Sempre que fecho no fim do expediente, faço o jantar e assim vai. O que facilita muito é que moro em cima da borracharia, isso me dá mais flexibilidade", relatou.
Maria afirma que enfrenta dificuldades e preconceito com frequência, mas que isso não a desanima. "Já estive de frente a situações de preconceito sim, mas eu passo por cima. Uma vez um homem chegou para trocar um pneu e, quando viu que era uma mulher, desistiu. Foi até engraçado porque um dia ele voltou, precisou com urgência e aí eu troquei o pneu para ele. Não deveria nem ter atendido, mas eu falei umas coisas e ele se arrependeu de ter sido preconceituoso", afirmou.
Até hoje, Maria diz que algumas pessoas se recusam a ir à borracharia porque está à frente dos serviços.
"As pessoas chegam e perguntam pra mim onde é que está o borracheiro e aí eu digo que sou eu. Todos se assustam, é muito engraçado. Mas, em contrapartida, tem muita gente que confia no meu trabalho e sente falta quando, às vezes, preciso fechar mais cedo. Como outro dia, uma pessoa precisou com urgência e eu estava de portas fechadas. Depois vieram reclamar comigo porque eu não estava disponível e que sentiram minha falta. Me senti importante", disse.
O filho de Maria Helena está com 23 anos e, mesmo depois de tê-lo criado, ela não pretende abandonar a profissão. "Me acostumei. Comecei por necessidade, porque era mãe e não sabia como criar o meu filho, mas hoje tomei gosto. Agora não penso em abandonar, só quando não der mais conta de trabalhar", finalizou.